22.11.15

Sete hábitos de leitura

Um meme sobre livros, para alguém que gosta de livros. Encontrei aqui.

1) Quando você lê? (Manhã, tarde, noite, o dia inteiro ou quando tem tempo?)
Eu prefiro antes de dormir, mesmo que o rendimento não seja bom. Muitas vezes estou cansada por ter passado horas estudando – aí quando deito na cama só quero fechar os olhos e apagar –, mas faço um esforço para ler pelo menos duas páginas e manter o hábito.

2) Você lê apenas um livro de cada vez?
Geralmente tem um que leio com frequência, um que levo na bolsa e um que deixo de reserva para quando a leitura principal fica chata.

3) Qual seu lugar favorito para ler?
Como eu leio antes de dormir, acaba sendo na minha cama. Mas prefiro ler num sofá confortável.

4) O que você faz primeiro: lê o livro ou assiste ao filme?
Depende. Às vezes tenho acesso primeiro ao filme, então leio depois. Ou vice-versa.

5) Qual formato de livro você prefere? (Audiolivro, e-book ou livro físico?)
Além de gostar de ler, eu gosto de comprar livros, daí minha preferência pelo formato físico. Audiolivro não funciona comigo, sou uma pessoa mais visual, tenho que ver o texto escrito. Já os e-books, no dia que eu puder comprar um leitor, posso dar uma opinião sincera.

6) As capas de uma série tem que combinar ou não importa?
Acho que fica mais bonito, apesar de eu nem ter o costume de ler séries.

7) Você tem algum hábito exclusivo ao ler?
Gosto de estar com as mãos limpas antes de ler e não suporto folhas dobradas, amassadas ou rasuradas. Isso é para livros de estudo, até porque, grifar, riscar e fazer anotações facilita o aprendizado. Mas os meus livros do coração? Não mesmo! Também tenho a mania de ler as primeiras cinquenta páginas de um livro para avaliar se é bom ou não. Se for muito insuportável, eu abandono sem pena. Se for apenas meio chato ou meio ruim, me forço a continuar.

14.11.15

Velhice precoce

Entrar em livrarias é algo que tenho evitado, assim como lojas de cosméticos, para não sofrer tanto com a minha falta de dinheiro. É verdade que continuo recebendo todo santo dia e-mails com promoções, mas o grau de tentação é bem menor quando não posso testar nenhum produto nem sentir aquele cheirinho maravilhoso de livro novo. E, por falar em livros, percebi que sou uma velha desatualizada ou o mercado tem investido em qualquer tipo de sucesso.

Eu estava acostumada com a enxurrada de livros eróticos, com as séries e com os livros de colorir. Mas, quando achei que o mercado estava sem graça o bastante, descobri que minha ignorância era maior ainda. Eu não sabia quem era Isabela Freitas, Rafael Moreira, Christian Figueiredo e Kéfera Buchmann, apesar de todos venderem muito bem e receberem ótimas avaliações dos consumidores.

Engraçado que só percebi isso porque vi tantas vezes a capa de “Muito mais que 5inco minutos” sem entender o que era (na verdade achei que era um livro de maquiagem para mulheres sem tempo), que decidi pesquisar. Então descobri que Kéfera é uma celebridade do Youtube, assim como os outros, e que lançar livros de youtubers é uma tendência editorial.

Talvez seja apenas uma cisma minha, mas acho que hoje em dia tudo se tornou fácil demais. Sempre vi o processo de escrever e publicar um livro como algo que demanda tempo e um bocado de investimento. Afinal, ter uma ideia, escrever, conseguir uma editora, publicar e lançar nas livrarias, não se faz da noite para o dia. 

Veja bem, não estou dizendo que blogueiros, youtubers, twitteiros e afins sejam péssimos escritores ou que o público seja ruim. Existem livros muito bons que nasceram de escritos para a internet (vide Juliana Cunha e Fabrício Carpinejar). A questão é a velocidade com que as coisas são feitas. Parece que publicar um livro é como vender uma mercadoria qualquer. 

Sei lá. Tenho uma visão romântica com escritores. Os imagino como pessoas que vivem cercadas de livros, com uma vida exótica e uma áurea intelectual ao redor deles. Pessoas que andam com um caderninho para anotar inspirações, que se isolam na frente do computador e passam horas escrevendo, que são viciadas em café e que estão sempre refletindo e vendo o mundo com olhos de artista.

Acho que o problema está mesmo em mim. Mas tiro uma lição disso: transito numa geração esquisita, nossa sociedade consome qualquer coisa comprável e eu estou mais perto dos oitenta do que nunca.