O sol cinza clareava debilmente a sala. As paredes vermelhas, com tantos quadros e fotografias desbotadas, as cadeiras roxas e os tapetes encardidos, os discos espalhados e os livros amarelados e carcomidos pelas traças. O vestido rosa remendado, as flores laranja quase murchas, os pequenos olhos azuis perdidos no vazio e as mãos pálidas sobre o preto-e-branco das teclas do piano.
Silêncio.
A menina olhou para a janela. O sol já não era mais cinza. Os pássaros começavam a cantar, o verde resplandecia no jardim e as borboletas dançavam.
Parou de tocar.
Tic-tac. Tic-tac.
Seis horas.
Levantou do banquinho, ajeitou o vestido e esqueceu seus sonhos.
Voltou para a sua servidão sem cor.
Silêncio.
A menina olhou para a janela. O sol já não era mais cinza. Os pássaros começavam a cantar, o verde resplandecia no jardim e as borboletas dançavam.
Parou de tocar.
Tic-tac. Tic-tac.
Seis horas.
Levantou do banquinho, ajeitou o vestido e esqueceu seus sonhos.
Voltou para a sua servidão sem cor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Oi, tudo bem? :)