10.9.09

Efemeridades

Cinco da manhã. E todas naquele táxi.

As duas irmãs dormiam, uma outra seguia no banco da frente, e uma anja de asas amarrotadas olhava pela janela, sentindo aquela mistura de bem-estar, vazio e felicidade, típica dos finais de festa.

Ela sorria ao ver os primeiros raios de sol contornando a estrada, e algo em sua alma dizia que ela nunca esqueceria daquela sensação.

Nem do friozinho que vinha do ar-condicionado. Nem da voz do Bryan Adams nas músicas que vinham do toca-discos. E nem dele.

Haviam se encontrado duas vezes, bem ao acaso, no meio da multidão. Uma anja e um garoto bonitinho fantasiado de Chaves... Felizes e abraçados... Até que se perderam entre as milhares de fantasias que haviam por ali.

Meio triste, ela ainda o procurou por toda noite. Mas quando conseguiu encontrá-lo novamente, quase no final da madrugada, foi puxada para ir embora, e só teve tempo para um rápido adeus.

E enquanto seguia naquele táxi, lembrou de todos os quilômetros que os separavam... E lembrou que jamais voltaria a vê-lo.

E nem beijá-lo.

3 comentários:

  1. Pode ser que ela o encontre! Sempre encontra!

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  2. O melhor da festa é o fim dela.´
    Sinto qualquer coisa sem explicação qdo entro no carro exausta, louca por um banho e cama.

    rs

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Oi, tudo bem? :)