"Com os óculos molhados ela espiou
Através das lentes embaçadas
Portas que sempre a detiveram
Corredores que não levaram a nada
(...)
E assim ela saiu um dia, pensando esquecer
E assim ela seguiu sozinha, tentando pertencer"
Ela acordou, fez tudo como de costume, mas se deixou ficar alguns minutos em frente ao espelho. Olhou para o cabelo bagunçado, para a boca que chamava a atenção, para o nariz que o pai tantes vezes fizera piada por ser um pouco grande, e então viu todo o cansaço e tristeza que a cercavam.
Através das lentes embaçadas
Portas que sempre a detiveram
Corredores que não levaram a nada
(...)
E assim ela saiu um dia, pensando esquecer
E assim ela seguiu sozinha, tentando pertencer"
Ela acordou, fez tudo como de costume, mas se deixou ficar alguns minutos em frente ao espelho. Olhou para o cabelo bagunçado, para a boca que chamava a atenção, para o nariz que o pai tantes vezes fizera piada por ser um pouco grande, e então viu todo o cansaço e tristeza que a cercavam.
Todos os dias eram iguais. Tudo se resumia a ordens, obrigações, responsabilidades, tarefas a cumprir, problemas para resolver. A cada dia acordava sem perspectiva de sorrir verdadeiramente ou de ter um minuto de descontração.
Era como se a vida escorresse por suas mãos, sem tempo para segurar míseros instantes de felicidade, enquanto toda a sua força e vontade de viver eram sugadas.
Baixou a cabeça, porque sentiu vergonha de continuar olhando para si. Talvez porque os olhos estivessem cheios de lágrimas ou porque a dor no coração a impedia de continuar encarando a realidade.
Ainda assim, naquele momento desejou ser apenas uma garota de vinte anos, no auge da idade e sem tantas dores e desamores.
Tomara que um dia, ela consiga. E que não demore!
ResponderExcluirSeu blog está lindo!
Me sinto assim, largado, abandonado, mal aproveitado, e tem dias que doi, que doi calado, e fico assim, meio "jururu"!
ResponderExcluirBeijo Dama,
Charlie B.