Perdi o edital por falta de tempo e excesso de coisas para dar conta. Então deixo outro pedaço do livro aqui.
A chuva não parava de cair. O vento parecia que ia arrancar as janelas e derrubar aquele prédio velho. E eu continuava agachada embaixo da mesa, apertando os joelhos, chorando e rezando baixo. Esperando que os ponteiros se arrastassem e o dia amanhecesse.
Quando saí de casa, não tinha parado para pensar nisso. Apenas me importava com o meu ímpeto revoltado de ter um canto só meu, onde eu pudesse transar adoidado e beber até cair. E onde os pratos apodreceriam e as roupas exemplificariam a abiogênese.
Sim, mas eu sou uma medrosa. Não poderia nunca morar sozinha. Tenho medo de dormir no escuro, tenho medo de chuva, tenho medo de ventania e de raios e trovões. Eu sei que sou patética. E agora lembro mais do que nunca, as palavras sarcásticas do meu pai quando passei por aquela porta carregando uma mochila desbotada e caixas de roupa.
- Antes mesmo do dia terminar, você vai voltar para casa chorando, querendo todo o seu luxo de volta.
Realmente. Nunca voltei para casa.
***
A chuva não parava de cair. O vento parecia que ia arrancar as janelas e derrubar aquele prédio velho. E eu continuava agachada embaixo da mesa, apertando os joelhos, chorando e rezando baixo. Esperando que os ponteiros se arrastassem e o dia amanhecesse.
Quando saí de casa, não tinha parado para pensar nisso. Apenas me importava com o meu ímpeto revoltado de ter um canto só meu, onde eu pudesse transar adoidado e beber até cair. E onde os pratos apodreceriam e as roupas exemplificariam a abiogênese.
Sim, mas eu sou uma medrosa. Não poderia nunca morar sozinha. Tenho medo de dormir no escuro, tenho medo de chuva, tenho medo de ventania e de raios e trovões. Eu sei que sou patética. E agora lembro mais do que nunca, as palavras sarcásticas do meu pai quando passei por aquela porta carregando uma mochila desbotada e caixas de roupa.
- Antes mesmo do dia terminar, você vai voltar para casa chorando, querendo todo o seu luxo de volta.
Realmente. Nunca voltei para casa.
aaameeeei *---*
ResponderExcluirbeeijos :*
Nossa, muito bom *-* adorei!
ResponderExcluirAhh tô amando você colocar pedaços do seu livro aqui!*-* Amei =D
ResponderExcluirBjs!
Eu tenho pensado muito nisso de sair de casa para ter o meu canto onde a anarquia impere e a vida seja leve.. hahaha mesmo com os medos. HAHA
ResponderExcluiradorei o trecho.
hum, fica a vontade do livro inteiro.
eu adoro chuva, penso quase todos os dias se voltarei pra casa ou não.
ResponderExcluirdevemos descobrir nosso veradeiro lar!
é fundamental.
O caminho de volta é sempre tortuoso...
ResponderExcluirbeijo
Feliz por seu passo.
ResponderExcluirAconteceu o mesmo comigo (apenas com duas ameaças de morte materna, rs), dizendo que voltaria quando o dinheiro acabasse. Acabou, arrumei um jeito de viver com menos e sigo em paz.
Nada como uma casa em paz, né? Com alegria, ainda melhor... então:
MUITA ALEGRIA, QUERIDA!