
Desde que me entendo por gente, sempre tive brigas com o meu eu exterior. Na infância, o problema estava no meu cabelo. Eu era uma magrelinha com uma baita cabeleira cacheada, no meio de meninas com cabelos lisos e soltos. Depois, com a puberdade, o negócio generalizou.
Meu nariz era meio grande, meus braços compridos e minhas pernas muito finas. Para completar, eu era alta demais e magra por demais. Passada essa fase, tive uns altos na minha gangorra, mas a insegurança sempre me perseguiu. Se um menino me dava um fora, eu achava que o problema estava na minha falta de beleza.
Ano passado, quando fiz academia, entrei no vício de sempre querer mais. Nunca estava realmente satisfeita, apesar das medidas aumentando aos poucos, e nunca me sentia feliz por completo. Agora, que sou uma sedentária (no estágio fico a manhã quase toda sentada e em casa só tenho que ler livros e buscar idéias para o tcc) a briga com o espelho voltou. E bem mais forte.
Uma amiga uma vez me disse que quando você namora, se sente bem mais segura porque esquece essas paranóias com beleza. Mas talvez meu problema não seja esse. Ou apenas esse - sim, eu quero um namorado.
Acredito que preciso é de um bom tapa, e de uma fumaça em mim mesma, até que eu aprenda a dizer para a imagem no espelho: você é bonita, porra.
parei de ficar na pilha, chega.
ResponderExcluirnão brigo mais com o espelho.
sou feliz mesmo não sendo linda, e sei que ser linda é uma coisa que toda mulher quer. as revistas me fazem sempre dizer: nossa, como sou pobre. haha
isso sim!
beijo querida!!!
Sempre nos sentimos a última mísera e esquecida cream craker mofada do pacote!, mas isso é uma questão de gosto, há alguém andando por aí que se perdeu no caminho até sua casa, espere mais uma noite!
ResponderExcluirbeijos, Charlie B.
Otimo texto!!! Ha tem selo para vc no meu blog,fiz cm maior carinho... beijos
ResponderExcluir