Não tão querido

Só estou falando desse filme, simplesmente por essa cena. Onde não há diálogos e apelações, mas que representa tudo o que acredito e desejo. Eu diria que Querido John começa até bonitinho e esteticamente arrumado. Um cenário legal e, apesar da obviedade, a história vai se desenrolando de um jeito gostoso.

Amor exagerado no sentido de morrer de saudades e o peito doer, permeiam os protoganistas e dá a sensação de irreal, mas algumas coisas se salvam. Talvez porque a Savannah (Amanda Seyfried) seja uma garota que é bonita mas não é, perfeita mas com defeitos, com desejos nas nuvens e no chão. Diria até que ela é meio erótica, por seus beijos sem pudores ou melosidades. Já o querido em questão (Channing Tatum), é visualmente delicioso e faz o estilo moço fechado, que parece ótimo na rua mas ninguém sabe como se comporta em casa.

Mesmo sem querer te dizer o resumo do filme, até aqui essa pode ser uma boa receita para se distrair, chorar um pouquinho e desejar um romance para alegrar o coração. Mas algo na cena do tiroteiro, destrói muito mais que o ombro do John Tyree. A trama se perde, os personagens ficam ao léu e o dramalhão mexicano dá as caras.

De repente, Savannah está casada com alguém nada a ver, o pai do John adoece e o amor retratado, que deveria ser entre homem e mulher e assim o filme se sustentar, muda de lado e parte para uma relação delicada entre pai e filho.

Como já disse no início, guardo esse filme e falo dele, apenas porque essa é uma das cenas de sexo mais bonitas que já vi. Pelo menos em meus sonhos.