25.3.11

Deixa a campainha tocar

Anos atrás, havia um garoto com quem eu conversava no msn. Ele era mais velho do que eu, mais experiente e tinha paciência para ouvir cada lamento ou problema que eu contava. Tentei marcar de conhecê-lo, mas nunca deu certo. Depois ele entrou num namoro sério e eu fui seguindo com a minha vidinha.

Não sei quanto tempo depois, o acaso trouxe ele ao meu quarto. E ficamos aqui, conversando sobre a vida, enquanto ele arrumava meu computador. Por alguns instantes, acho que ele sentiu a proximidade em que estávamos e, com um namoro capenga e cheio de brigas, talvez tenha pensado em investir.

O fato é que nada aconteceu e ele disse algo que considero fundamental hoje em dia. Já não lembro bem as palavras, mas ele quis dizer que estar na minha casa, entre a minha família e dentro do meu quarto, era algo íntimo e que merecia respeito.

Penso nisso quando conto a quantidade de pessoas que me visitam: quase nenhuma. Apenas os amigos que merecem e talvez os amores que se mostrem verdadeiros. Ainda sobre isso, lembrei de todos os quartos em que estive, as mães que conheci e as rotinas que fiz parte. E lembrei dos levam qualquer garota, simplesmente pelo interesse de traçá-la, sem prestar atenção que lar é o lugar sagrado e seguro onde você se esconde do mundo.

Me chame de boba, mas parei de abrir a porta para qualquer um.


3 comentários:

  1. Oi Lara!
    Olha, você tem razão, casa é um lugar sagrado onde você só deve levar quem merece mesmo. Pouquíssimas pessoas passam por aqui também.

    Ps: estou te seguindo no twitter :)
    beeijos

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  2. Realmente, tenho pensado muito nisso ultimamente e agora você disse o que eu queria simplesmente ouvir ou no fundo ja sabia.
    beijos

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  3. Também parei de abrir a porta para qualquer um. O foda é ter aprendido isso da pior maneira, levando, até hoje, uns belos tapas na cara por ter deixado um qualquer entrar.

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Oi, tudo bem? :)