A gente deseja tudo aquilo que não tem, incluindo coisas que nem são tão boas assim. Nos dias mais depressivos do meu desemprego, fico imaginando como seria ter um salário no fim do mês e responsabilidades para dar conta. Mas como hoje estou normal, vou tentar usar a lógica.
Consigo um emprego: nossa, parabéns, hein? Em seguida, a obrigação de acordar cedo, andar de ônibus, escrever matérias sobre assuntos terríveis, escrever matérias dentro de uma redação tumultuada, usando um computador estranho e sem conforto, escrever em dias que não tenho um pingo de inspiração. Mas um mês depois, a recompensa.
E para usar como? Ah, sim. Para comprar um celular novo e meu chefe poder me ligar e dizer que estou de plantão no final de semana. Para comprar roupas novas e desfilar sobre buracos na rua ou portas de delegacia, onde certamente estarei cobrindo pautas. Para saber que tenho dinheiro no banco e ânimo nenhum para gastá-lo, porque talvez eu tenha mais horas-extras do que horários livres. Para dizer que estou sem tempo de respirar e muito menos para namorar.
Para comprar maquiagem e esconder minhas olheiras. Para comprar um netbook, um gravador, vários blocos de anotações e tudo aquilo que ocupe minhas mãos e me faça parecer uma desajeitada nas coletivas de imprensa. Para perder peso, pois as refeições serão reduzidas ou apressadas, para dar lugar a algo chamado “bater ponto”. Para ganhar úlceras no estômago, com tanto café para ficar acordada nos tediosos eventos noturnos. Para desejar viagens que a rotina não permite. Para comprar livros e nem ao menos conseguir folheá-los. E por fim, para dizer que sou uma cidadã útil, fazendo a minha parte ao pagar impostos, descontando dinheiro para o INSS e chegando aos 30 com cara de 50.
Sei que trabalhar é necessário, e muito bom quando se faz o que gosta, mas talvez eu devesse apenas aproveitar a chance de desfrutar de dias inteiros só para mim. Sei lá, né? Vai que dia desses o telefone toque e minha folga acabe.
Consigo um emprego: nossa, parabéns, hein? Em seguida, a obrigação de acordar cedo, andar de ônibus, escrever matérias sobre assuntos terríveis, escrever matérias dentro de uma redação tumultuada, usando um computador estranho e sem conforto, escrever em dias que não tenho um pingo de inspiração. Mas um mês depois, a recompensa.
E para usar como? Ah, sim. Para comprar um celular novo e meu chefe poder me ligar e dizer que estou de plantão no final de semana. Para comprar roupas novas e desfilar sobre buracos na rua ou portas de delegacia, onde certamente estarei cobrindo pautas. Para saber que tenho dinheiro no banco e ânimo nenhum para gastá-lo, porque talvez eu tenha mais horas-extras do que horários livres. Para dizer que estou sem tempo de respirar e muito menos para namorar.
Para comprar maquiagem e esconder minhas olheiras. Para comprar um netbook, um gravador, vários blocos de anotações e tudo aquilo que ocupe minhas mãos e me faça parecer uma desajeitada nas coletivas de imprensa. Para perder peso, pois as refeições serão reduzidas ou apressadas, para dar lugar a algo chamado “bater ponto”. Para ganhar úlceras no estômago, com tanto café para ficar acordada nos tediosos eventos noturnos. Para desejar viagens que a rotina não permite. Para comprar livros e nem ao menos conseguir folheá-los. E por fim, para dizer que sou uma cidadã útil, fazendo a minha parte ao pagar impostos, descontando dinheiro para o INSS e chegando aos 30 com cara de 50.
Sei que trabalhar é necessário, e muito bom quando se faz o que gosta, mas talvez eu devesse apenas aproveitar a chance de desfrutar de dias inteiros só para mim. Sei lá, né? Vai que dia desses o telefone toque e minha folga acabe.
Sou bem solidária, sei exatamente como é isso, e a gente tá sempre insatisfeito. Eu tava farta do meu emprego, de saco cheio, então uma coisa levou a outra, e acabei saindo, e agora entra dia e sai dia e não posso sair de casa (por conta do alto risco da gravidez), ´nesse caso ficar forçada em casa é ainda pior que o desemprego. O ócio cansa, mas trabalhar pra viver estressada e cansada e farta, é ainda pior.
ResponderExcluirAhhhhh,eu gostei desse post!Tbm estou desempregada e achando horrível!Estou até deprimida!Mas é verdade!Quando pensamos depois em como é sufocante trabalhar ás vezes...Vc se formou em algo que queria muito!E ainda vou fazer!Bjo
ResponderExcluirAh, pois te digo: estou louca pra trabalhar :s
ResponderExcluirsério, minha faculdad é caríssimaa e eu tenho minhas necessidades 'luxentas', né? hihi
trabalhar estressa, e talz, mas aumemt sua dignidade com pessoa,(poxaaaa) haha
:*
Báh,até me desanimei para começar a trabalhar! rs'
ResponderExcluirTrabalho é bom sim,mas precisamos mesmo ultilizar nossa recompensa com coisas boas,dias de folga,algo que queremos á muito tempo,que é o que desejamos quando trabalhamos né?
Beijos