Me acomodei de uma forma que desaprendi a passar batom; que não tenho ânimo para lavar o cabelo de manhã cedo; que minha cerveja de menininha perdeu a validade no armário da cozinha; que meus textos estão perdendo o contexto esquecidos no computador; que passar perfume é mera obrigação; que meus vestidos apenas enfeitam os cabides; que espalhar hidratante pelo corpo dá preguiça; que sem querer alguém esbarrou na minha cintura e eu estremeci por dentro.
Me acomodei tanto que troquei minhas lentes por meus óculos tortos de ficar em casa; que minhas maquiagens servem apenas para encher a nécessaire; que desaprendi como é a sensação de frio na barriga; que faz meses desde que assei meu último bolo. Me acomodei de um jeito onde tudo em mim é defeito; onde o espelho se tornou inimigo; onde poucas coisas ainda tem graça; onde meu telefone não toca mais nos finais de semana e as únicas mensagens que chegam são da própria operadora.
E me acomodei de tal forma, que não consigo sustentar uma paquera; que deixei de ser interessante; que estou sempre atrapalhando; que converso como alguém de oitenta anos. Me acomodei na rotina entre o trabalho, meus cursos e meus livros; entre batatas-fritas e episódios de Dawson’s Creek, Gilmore Girls e Pretty Little Liars; entre falta de ideias e contas para pagar. Me acomodei tanto, de tal forma, de um jeito e de uma forma tão absurda, que mal sei como sair disso sozinha.
Me acomodei tanto que troquei minhas lentes por meus óculos tortos de ficar em casa; que minhas maquiagens servem apenas para encher a nécessaire; que desaprendi como é a sensação de frio na barriga; que faz meses desde que assei meu último bolo. Me acomodei de um jeito onde tudo em mim é defeito; onde o espelho se tornou inimigo; onde poucas coisas ainda tem graça; onde meu telefone não toca mais nos finais de semana e as únicas mensagens que chegam são da própria operadora.
E me acomodei de tal forma, que não consigo sustentar uma paquera; que deixei de ser interessante; que estou sempre atrapalhando; que converso como alguém de oitenta anos. Me acomodei na rotina entre o trabalho, meus cursos e meus livros; entre batatas-fritas e episódios de Dawson’s Creek, Gilmore Girls e Pretty Little Liars; entre falta de ideias e contas para pagar. Me acomodei tanto, de tal forma, de um jeito e de uma forma tão absurda, que mal sei como sair disso sozinha.
Por mais que eu demore de vir aqui, sempre me identifico com a postagem. Eu, como você, me acomodei de tal forma que minha vida parece que é um doce em concerva: não muda de cara nunca. Exceto porque meu doce fica cada dia mais amargo.
ResponderExcluirE eu concordo com a Natália Corrêa. Eu tento enxergar algo diferente no espelho e não consigo. E também tem me faltado força para mudar.
ResponderExcluirUm beijo Lara.
Também fiquei meio assim - e ainda fico de vez em quando - desde que terminei com meu ex-namorado. Mas vi que ficar assim não iria me levar para lugar algum, apenas continuar na m*rda, hahahahaha. Animação e perseverança! Nossa felicidade tem que andar acima de tudo.
ResponderExcluirMuitas das vezes ficamos na acomodação pelo fato de ter muitos trabalhos, muitas coisas para fazer, e acaba esquecendo a diversão. Tente mudar isso, olhe para as suas atitudes e comece a mudá-las, Faça novos colegas e saia um pouco. Todos nós temos uma fase dessas. Eu, umas semanas atrás, estava super mal, não me arrumava como antes, me sentia horrível, e olha só, foi somente uma fase, passou!
ResponderExcluirTenho certeza que acontecerá o mesmo contigo.
Beijos *-*
A diferença entre as pessoas que têm iniciativa e as que não têm é a diferença entre o dia e a noite.
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