20.10.11

Causo nosso de cada dia

Fui ao Mercado Central fazer uma pesquisa de preços para uma seção do jornal, e acabei ganhando mais um ‘causo’ para a coleção. Pois bem. Depois de rodar entre barracas de tomate, cebola, mandioca, pimentas do reino incrivelmente cheirosas e castanhas torradas, entrei no agradabilíssimo setor de peixes.

Para começar, molhei a roupa de tanto me esbarrar nas gotinhas que caíam dos rabos dos peixes expostos. Em seguida, como o chão fica cheio de poças e os corredores são muito apertados, enfiei literalmente o pé na lama para tentar dar passagem às pessoas. Quer dizer, enfiei o pé na água de peixe que o ralo do esgoto não consegue sugar.

Mas olha, o que realmente me chamou a atenção não foi o fedor que grudou em mim, nem o estômago roncando pelas coisas lindas que os feirantes ofereciam e nem a vontade de fotografar todas as pessoas e cores que haviam no mercado. O negócio foi uma senhora vendedora de peixe.

Vou lá no "Pescados", com minha cara insossa, perguntar 'quanto tá o quilo do mais barato' e ela dá uma baita olhada para mim. Depois vira para a vizinha também vendedora de peixe e diz: Essa daí não vai comprar não. Ói pra cara dela. Você acha que ela vai comprar essas coisas?

Mas que preconceito é esse? E que tom irônico é esse, dona? Só porque o peixe custa 3 reais? Por acaso eu tenho cara de rica esnobe?  Enfim. Dos peixes fui para as carnes e finalmente terminei de completar a tabela de variação de preços. Só me restou voltar para a redação e contar a historinha com a vendedora sem noção.

Rica? Eu?! insira aqui uma risada de Paola Bracho.

Um comentário:

  1. Sou um desastre pra feira, mercados e afins!
    Estou te seguindo e gostei do blog!
    Beijo!

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