17.10.11

Dos traumas

Quando acordei de manhã, minhas únicas vontades eram permanecer deitada ou fugir para o estado mais próximo, e voltar sabe Deus quando. Coisa bem covarde e idiota que, é claro, não fiz. Tenho um ponto para assinar e por isso mesmo levantei ainda enjoada (resultado de uma lasanha com toques de gulodice) e fui trabalhar.

Porém, entre uma pauta e outra, me permiti sair do percurso e tirar dez minutos para olhar o mar. Tudo bem que praia, sol e bronzeador não combinam comigo, mas sentar e olhar o balanço das ondas, é sempre um jeito de me acalmar e limpar as angústias.

Especialmente depois de uma noite em que estraguei os planos de alguém, os meus e onde nada que eu fizesse poderia diminuir meu sentimento de vergonha e frustração. Ainda que se eu contasse o que realmente aconteceu, todos me diriam que é uma simples fatalidade do universo humano. E blá-blá-blá.

Mas o problema vai muito além de questões estomacais. É algo que tio Freud ou qualquer doido da psicologia explicaria. Porque apesar de todos os '16 de outubro' que já se passaram, bons ou ruins, continuo presa naquela manhã em que pela primeira vez minha mãe havia esquecido algo que era importante. Ao menos para uma garotinha boba de treze anos, que se sentiu magoada e culpada por estar feliz em um dia nada apropriado.

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