O mesmo que escancarou e quebrou o meu coração, certa vez creditou-me de perfeita. Coisa tola e bem insensata de se dizer. Não sou perfeita. Sou apenas marcada por um excesso cansativo de experiências iguais e finais previsíveis. Além disso, perfeitas, na verdade, são as fêmeas que possuem a força e o espírito guerreiro de Úrsula Iguarán; a loucura e a ousadia de Rebeca; a determinação e a amargura de Amaranta; a paciência e o amor de Petra Cortes; a beleza e a inocência de Remédios, a bela; a classe, o perfeccionismo e as neuroses de Fernanda del Carpio; a rebeldia e a simpatia de Meme; a passividade e o silêncio de Santa Sofía de la Piedad; os caprichos e o ardor de Amaranta Úrsula. Qualidades que não tenho, e veementemente não pretendo ter, assim como a perfeição mal atribuída, sob a qual emprego todos os meus adoráveis rancores.
Apenas os imperfeitos são amados. E eu quero ser amada, sem medo ou ressalvas.
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