9.8.15

Mudanças que não servem para nada

Ou melhor: mudanças que servem para destruir

Há seis anos, eu pedi ao meu avô um empréstimo para comprar um notebook. Eu era estagiária, ganhava bem pouco e não tinha a menor condição de pagar à vista – o que garantia um desconto escandaloso no preço. Entreguei o boleto, negociei como eu pagaria de volta e fui para casa. No mesmo dia o meu avô ligou e disse que eu não devia nada. O computador era um presente. Chorei litros de alegria.

Fui muito feliz durante esses anos, apesar dos travamentos aqui e ali, do sistema meio lento de vez em quando, do processador que dava incompatibilidade com um jogo ou outro. Eu e meu querido computador sobrevivemos a viagens, mudanças, quedas, períodos alegres e tristes. Porém, nesses últimos três dias eu tenho chorado de raiva, de tristeza, de revolta.

O Windows 10 apareceu e destruiu tudo.

Se você leu até aqui, entenda que este é um texto confuso e mal escrito porque expressa bem o meu desânimo. Por mais que eu goste do meu computador e não me imagine vivendo sem ele, não sinto a mesma alegria de antes ao ligá-lo. Perdi seis anos de organização, de programas que atendiam minhas necessidades, de um sistema que tinha mais vantagens que defeitos. Em troca de quê? Um sistema “moderno”, eficiente e mais rápido.

Eu amaria acordar e encontrar tudo como estava antes. Como é impossível acontecer, eu apenas amaria acordar e encontrar um sistema sem erros, funcional, organizado e com todos os programas funcionando. Estou mais do que decepcionada. Parece até que arrancaram um pedaço de mim.

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