Quando a gente tem uns dez anos, escolhe umas coisas que depois até se arrepende. Principalmente se resolver segui-las. Nessa época eu vivia enfiada nos livros de Machado de Assis e Cia., e por isso mesmo, coloquei na cabeça que devia fazer jornalismo.
Sim. Eu faço jornalismo. E ironicamente não gosto muito disso. Estou perto de me formar e apesar de sempre brincar dizendo que estava no lugar errado, agora eu digo com toda a certeza: eu estou no lugar errado.
O curso não é ruim. Tem lá suas vantagens. As disciplinas da área de Comunicação, por exemplo, são as melhores e mais interessantes que já vi. Mas a prática do jornalismo... Às vezes isso é uma baita chatice.
Além disso, acho a profissão meio mesquinha e sem liberdade. E na academia há pessoas que estudam anos e anos e passam o tempo se digladiando com teses sobre objetividade, imparcialidade e ética. Por favor, parem de perder tempo. Objetividade não existe. Imparcialidade é uma piada. E ética só existe até o dia em que um impasse não ameaçar o seu salário.
Sem esquecer que os seus textos nunca serão realmente seus. Sempre haverá um editor que irá cortar, retalhar e bagunçar suas idéias, e depois colocar o seu nome assinando o que sobrou. Mas esse texto não é meu! Eu não fiz isso! Não pensei isso!
Enfim. Um tempo atrás, durante o fechamento de uma edição do nosso jornal-laboratório, confessei a mais pura verdade, sob um tom de brincadeira, para a professora de impresso. Eu sou mais escritora do que jornalista.
E se os textos são ruins? Azar. Pelo menos são meus e ninguém mexe.
Sim. Eu faço jornalismo. E ironicamente não gosto muito disso. Estou perto de me formar e apesar de sempre brincar dizendo que estava no lugar errado, agora eu digo com toda a certeza: eu estou no lugar errado.
O curso não é ruim. Tem lá suas vantagens. As disciplinas da área de Comunicação, por exemplo, são as melhores e mais interessantes que já vi. Mas a prática do jornalismo... Às vezes isso é uma baita chatice.
Além disso, acho a profissão meio mesquinha e sem liberdade. E na academia há pessoas que estudam anos e anos e passam o tempo se digladiando com teses sobre objetividade, imparcialidade e ética. Por favor, parem de perder tempo. Objetividade não existe. Imparcialidade é uma piada. E ética só existe até o dia em que um impasse não ameaçar o seu salário.
Sem esquecer que os seus textos nunca serão realmente seus. Sempre haverá um editor que irá cortar, retalhar e bagunçar suas idéias, e depois colocar o seu nome assinando o que sobrou. Mas esse texto não é meu! Eu não fiz isso! Não pensei isso!
Enfim. Um tempo atrás, durante o fechamento de uma edição do nosso jornal-laboratório, confessei a mais pura verdade, sob um tom de brincadeira, para a professora de impresso. Eu sou mais escritora do que jornalista.
E se os textos são ruins? Azar. Pelo menos são meus e ninguém mexe.
A maior verdade. Assino embaixo.
ResponderExcluirTambém me formei em um curso que eu não quis, sou administradora. Só por causa do diploma. E não gosto nada do meu curso. Sou pós-graduada na área de comunicação social, incluindo o jornalismo e pelo pouco que trabalhei numa assessoria de imprensa vi que tens razão, o teu texto sempre é massacrado, o que sobra são coisas muitas vezes desconexas que te deixa irritado.
Se você não quiser seguir a carreira de jornalista, relaxa!! Porque sei que tem potencial para escritora. =D
ResponderExcluirAhh... E se precisar, eu destino um investimento da empresa para a publicação dos livros. (não sei que empresa =x) kkkkkk Mas que eles serão publicados, ahh isso vão!!!!
Passei tb a ler e gostar dos textos de Rian, inclusive add seu blog e leio; tem uma certa "informalidade" criativa, pois leio outros textos de jornalistas que, realmente não sei dizer se são jornalísticos e vejo que, pensando inovarem, não passam de mero repetidores... Dos academicismos (UFS) tb ando cheia. Sou professora e prezo a liberdade criativa, valorizando a subversão de forma produtiva. Essa crise de final de graduação é foda, mas...há muitas possibilidades.. Eu penso e desejo...
ResponderExcluirConcordo... existem escolhas na vida que a gente só se arrepende depois.
ResponderExcluirPor sorte, até agora, indo para o sétimo semestre de psicologia, não me arrependo.
Acho que independente do curso que a pessoa escolha, ela não deve se render às limitações que aparecem impostas ou não.
Ótimo texto!
Minha querida Fiona o que vc disse sempre me passa pela cabeça, mas prefiro fechar os olhos para isso, pelo menos por enquanto. A profissão não é meio mesquinha, é inteira, rs. Mas sabe qual é o principal problema disso tudo? Para mim é a burrice. As redações estão cheias de gente burra e sem criatividade, que não sabem diferenciar um Machado de um Alencar, que não tem o mínimo de conhecimento de mundo, que vive na felicidade hipócrita dos mundos de tutti-fruti. Dostoiesvisk já disse que para se escrever bem é preciso sofrer, se nas redações tivéssemos mais escritores-jornalistas que jornalistas-escritores acho que as coisas seriam melhores. Estilo é para poucos. Poucos mesmo.
ResponderExcluirQue pena que você não se identifica com o curso, deve ser muito ruim isso, certo?
ResponderExcluirEu sempre gostei de Jornalismo mas nos últimos meses perdi o 'encanto' pelo curso, agora gosto mais de Psicologia! :)
Adorei as cores do seu layout, são novas? Se não são, desculpe-me!
Sabe, eu acabei de passar em um vestibular pra jornalismo.
ResponderExcluirx_x
a mídia é mto tendenciosa definitivamente.. alguns conceitos são passados tão sutilmente que quem não tem opinião própria facilmente se deixa levar... a mentira se torna verdade e vice-versa... felizmente o que é escrito com o coração pode não ser máxima universal, mas é nossa verdade absoluta.
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