Estranho quando não se tem o que pensar, e horas inteiras de tédio. Fico aqui sentada nesse sofá, cheirando a suor acumulado e amores proibidos, olhando para a parede em minha frente. Fico prestando atenção às suas imperfeições, imaginando como ela ficaria bonita se pudesse ser novamente pintada, ao invés de estar toda manchada por infiltrações e rastros de cupins.
Me espreguiço um pouco, e depois coloco meus pés sobre o centro, para não deixar que adormeçam por falta de circulação. Agora olho para o chão. O piso marrom, de não sei quantos anos atrás, marcado pelo arrastar de móveis e esfregadas das vassouras de piaçaba.
Já se passaram quantos segundos ou minutos mesmo? Não sei. Minha cabeça ainda continua vazia. E os pensamentos em extinção.
Esqueço a parede, o piso, meus pés. Viro a cabeça e deixo que meu olhar se perca entre os bibelôs e filmes empilhados na estante. Depois, deixo que minha audição se perca na música que toca no rádio. Tem uma melodia boa, mas não sei nada do que diz a letra. Apenas fico sonhando acordada, até que meu corpo preguiçoso se agarra a uma almofada qualquer, e sinto a tristeza de não saber o que está acontecendo.
O problema é a solidão, imposta de maneira tão firme? Talvez sim. Ou talvez a dureza do coração esteja começando a incomodar. Ou talvez seja apenas o sabor vazio de mais um domingo.
Me espreguiço um pouco, e depois coloco meus pés sobre o centro, para não deixar que adormeçam por falta de circulação. Agora olho para o chão. O piso marrom, de não sei quantos anos atrás, marcado pelo arrastar de móveis e esfregadas das vassouras de piaçaba.
Já se passaram quantos segundos ou minutos mesmo? Não sei. Minha cabeça ainda continua vazia. E os pensamentos em extinção.
Esqueço a parede, o piso, meus pés. Viro a cabeça e deixo que meu olhar se perca entre os bibelôs e filmes empilhados na estante. Depois, deixo que minha audição se perca na música que toca no rádio. Tem uma melodia boa, mas não sei nada do que diz a letra. Apenas fico sonhando acordada, até que meu corpo preguiçoso se agarra a uma almofada qualquer, e sinto a tristeza de não saber o que está acontecendo.
O problema é a solidão, imposta de maneira tão firme? Talvez sim. Ou talvez a dureza do coração esteja começando a incomodar. Ou talvez seja apenas o sabor vazio de mais um domingo.
Solidão cala a alma, afugenta o amor próprio e tortura corações, não deixes o teu parar de sorrir!Beijo,
ResponderExcluirCharlie B.
O problema não é o ócio, mas sim a solidão .
ResponderExcluirA dureza do meu coração também deu para me incomodar ontem. Então chega segunda e a correria do dia-a-dia afoga o ócio até o próximo domingo.
ResponderExcluirBeijos. Adorei o texto. Lindo dom da oratória!
Sempre quis ter todo tempo do mundo pra não fazer nada.
ResponderExcluirHá alguns meses, não há o que me deprima mais... Ficar sem fazer nada me estressa profundamente.
Beijo meu.