Agosto do desgosto literário

Há alguns meses eu entrei numa banca de revistas e comprei uma caixa com três livros da Agatha Christie. Resolvi me dar essa segunda chance, depois de tentar ler algo dela muito tempo atrás, e não conseguir. Talvez por conta do meu preconceito, em achar que histórias policiais eram sem graça, ou porque eu vivia num outro contexto literário.



Mas depois que li Assassinato no Expresso do Oriente, fiquei viciada nos textos dela. Na mesma semana que terminei, comecei O Natal de Poirot e me viciei mais ainda. Era uma linguagem fácil, com vários diálogos e muito boa para alguém que sempre vai dormir com o cérebro cansado.



Dos três livros da caixa, falta apenas Cai o Pano. E esse, devo confessar, está empatado com Melancia no quesito “entrave literário”. Como as coisas estão difíceis, piores até do que os jogos da seleção, se eu quiser ter um livro lido nesse mês de agosto, o jeito vai ser apelar para os quadrinhos (com todo respeito ao gênero) ou apostar num livrinho de poesias da Martha Medeiros, que descobri perdido no armário.